Clarindo Isaías Pereira da Silva e Pádua

  • 1996 - 1998
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  • 1994 - 1996

No início da década de 1970, quando Clarindo Isaías Pereira da Silva e Pádua deu início a sua graduação, ainda não existiam cursos na área de Computação. O jovem estudante decide, então, cursar Engenharia Elétrica. No segundo período, participando da disciplina Programação de Computadores, teve início o interesse pela área. No ano seguinte, 1972, seguindo os interesses gerados pela disciplina anterior, ele dá início a um estágio no Centro de Computação (Cecom). Crescia, cada vez mais, o interesse pela área, o que o levou até mesmo a cursar algumas disciplinas do mestrado em Ciência da Computação enquanto ainda era estudante. Clarindo Pádua foi um dos primeiros professores do curso de Processamento de Dados.

No ano de 1994, quando Clarindo Pádua assume a Chefia do Departamento, está sendo implantada, no Brasil, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), malha de dados envolvendo Universidades e centros de pesquisa, uma iniciativa do então Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Em 1996, foi implantado o Ponto de Presença (PoP) da RNP em Minas Gerais, dentro da UFMG, sendo até hoje administrado pelo Departamento de Ciência da Computação (DCC). O PoP vem, desde então, beneficiando as pesquisas realizadas em toda a Universidade. No momento em que o DCC completou 20 anos de atuação, em 1996, o contexto era o de desenvolvimento expressivo e consolidação da internet, havendo o interesse do Departamento e da Universidade de inserir Minas Gerais nas redes de pesquisa. A UFMG havia recebido, também, o Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho (CENAPAD) e passava a fazer parte do Projeto Rede Minas.

Em 1994, início da gestão, teve início a elaboração de um planejamento estratégico, visando definir objetivos claros para o futuro do Departamento. Em maio de 1996 o plano foi finalizado. Naquele ano, em resposta ao plano criado, Clarindo Pádua e Wilson de Pádua concebem um projeto intitulado Centro de Referência em Informática Aplicada (CRIA), experiência semelhante a uma residência, na qual os alunos estariam imersos em atividades profissionais, adquirindo experiência, ao mesmo tempo em que concluem o curso de graduação. Anos mais tarde, o CRIA daria origem ao Laboratório de Engenharia de Software e Sistemas (Synergia).

A gestão prezou pela sinergia entre ensino, pesquisa e extensão, visando o benefício que ações como esta trazem para os corpos docente e discente do Departamento. Uma formação que priorize igualmente os três pilares da educação possibilita uma ligação mais efetiva entre a Universidade e a sociedade. Durante a gestão, como produto do trabalho que vinha sendo realizado desde os primeiros anos, o curso de Bacharelado em Ciência da Computação conquista prêmios nacionais de qualidade.