Nivio Ziviani

  • 1989 - 1991

O ano era 1966, quando Nivio Ziviani ingressou na Universidade Federal de Minas Gerais como aluno do curso de Engenharia Mecânica. Durante o segundo ano do curso, aquele jovem aluno passa a integrar o Centro de Cálculo Eletrônico da Escola de Engenharia, trabalhando como programador, o que fez surgir o interesse pela área. Em 1972, logo após o fim do curso, Nivio Ziviani é contratado como professor de tempo parcial da UFMG, lecionando a disciplina de Programação de Computadores, e atuando no mercado como analista de sistemas.

Ainda no início da década de 1970, Nivio Ziviani é convidado por Ivan Moura Campos para coordenar o projeto de implantação do curso superior de Processamento de Dados, projeto desenvolvido pelo Ministério do Planejamento e pelo Departamento de Assuntos Universitários do Ministério da Educação, envolvendo cinco universidades brasileiras, entre elas, a UFMG. Aquela empreitada exigiu grande esforço por parte das Universidades, tais como a criação do currículo e a definição das áreas de formação. O curso era completamente diferente dos demais ofertados pela Universidade, tendo dois anos de duração e módulos trimestrais. As aulas da primeira turma começaram em agosto de 1973. Nivio Ziviani coordenou o curso até o final de 1974, quando teve de se afastar para realizar o curso de Mestrado em Informática na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Após retornar do Doutorado em Ciência da Computação realizado na Universidade de Waterloo (Canadá), em 1982, Nivio Ziviani foi coordenador do curso de Pós-Graduação em Ciência da Computação e, por duas vezes, Presidente do Comitê de Consultores Científicos da Área de Informática junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Em 1989, assume a Chefia do Departamento de Ciência da Computação. Logo nos primeiros meses daquele ano, a partir de uma proposta do Coordenador de Pesquisa, Virgílio Augusto Fernandes Almeida, o Departamento realiza uma reunião para definir os rumos a serem tomados pelo curso de Pós-Graduação, contando com a presença da então Pró-Reitora de Pós-Graduação, Ana Lúcia Gazzola. O momento ficou marcado por sua importância para o crescimento do curso e da pesquisa no Departamento.

Durante os anos que esteve à frente do DCC, Nivio Ziviani deu suporte ao projeto de criação do Doutorado (1991), elaborado por Henrique Pacca, a partir de discussões iniciadas durante a Chefia de Roberto Bigonha. Além disso, também discutiu a possibilidade de construção de um novo edifício para o Instituto de Ciências Exatas (ICEx). Durante a década de 1980, Nivio Ziviani fundou a biblioteca do Departamento, transformada em Biblioteca do Instituto anos depois. O professor participou, ainda, da criação de empresas que nasceram de pesquisas realizadas dentro do Departamento: Miner Technology Group, Akwan Information Technologies, Zunnit Technologies, Neemu Technologies e Kunumi Artificial Intelligence.