Roberto da Silva Bigonha

  • 1987 - 1989
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  • 2000 - 2002
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  • 2009 - 2011
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  • 2011 - 2013

No ano de 1967 chegavam à Universidade Federal de Minas Gerais o então estudante do primeiro período de Engenharia Química, Roberto da Silva Bigonha, e o recém-adquirido computador científico IBM 1130 do Centro de Computação (Cecom). Ainda durante a graduação, Roberto Bigonha aprende a programar computadores durante a disciplina de Cálculo Numérico, uma aventura realizada a distância, por meio de cartões perfurados. Naquele momento ainda não existiam cursos de Computação no país. O diploma em qualquer Engenharia era o suficiente para dar início à carreira de programador, percurso que foi seguido por aquele jovem.

Durante a graduação, Roberto Bigonha conhece Ivan Moura Campos, então professor do Departamento de Matemática, que o influencia a cursar o Mestrado em Informática na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Poucos anos depois, ao retornar à UFMG, Roberto Bigonha tinha por objetivo se dedicar à pesquisa em Computação, ligando-se à Divisão de Tecnologia do Cecom, então coordenada por Wilson de Pádua Paula Filho.

Durante a década de 1980, a maior parte dos profissionais que trabalhavam com Computação eram formados em outras áreas, em função dos poucos cursos que existiam no país. Com o pensamento voltado para isso, o DCC decide implantar, durante a primeira gestão de Roberto Bigonha, um curso de Especialização em Informática. O projeto surgiu a partir de experiências anteriores, no campo da extensão, em que o desenvolvimento de atividades junto com empresas se mostrava frutífero, sendo, anos depois, na década de 1990, ampliado para o atendimento de qualquer profissional interessado.

Roberto Bigonha foi um dos responsáveis pela elaboração do ‘Projeto Micros - Nova Universidade’, em 1987, tendo por objetivo a aquisição de microcomputadores pelas universidades federais brasileiras. Com o projeto, foi montado um laboratório com 12 máquinas no DCC. Dois anos depois, em 1989, o Departamento e a UFMG passam a fazer parte da rede internacional de pesquisa, por meio do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), localizado no Rio de Janeiro. Ele estava conectado com um computador instalado na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, o que permitiu a inserção da Universidade em pesquisas nacionais e internacionais por meio de uma ligação interurbana.

No início dos anos 2000, quando retorna à Chefia de Departamento, Roberto Bigonha se depara com um DCC já consolidado, contando com cerca de 40 professores e um corpo de pesquisa estável. O objetivo, então, passou a ser a manutenção das conquistas já realizadas e a contribuição para o crescimento dos cursos de pós-graduação. No final dos anos 2000, o DCC passa por mudanças significativas, em função da adesão ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), tendo o número de vagas da graduação e de professores expandido.