José Marcos Silva Nogueira

Nos primeiros anos da década de 1970, José Marcos Silva Nogueira decide cursar Engenharia Elétrica. Logo no segundo ano de curso, 1972, torna-se monitor da disciplina Programação de Computadores e, em seguida, estagiário do Centro de Computação (Cecom), trabalhando em projetos de pesquisa e como analista. Com o término da graduação, ele opta por continuar trabalhando no campo da Computação, dando início à docência no Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais em 1980.

José Marcos Nogueira assume a Chefia de Departamento em 1998, época em que o DCC tinha como um de seus desafios a manutenção do crescimento que vinha sendo realizado nos anos anteriores, tornando-se uma referência nacional e internacional na área. Naquele período a Universidade e o país passavam por um momento delicado, economicamente, levando o Departamento a realizar uma reorganização administrativa e financeira, sendo a segunda realizada com o máximo de transparência possível. Durante o biênio ainda foram realizados investimentos na rede elétrica do prédio. O curso de Pós-Graduação também foi foco da gestão, visando à manutenção da qualidade das pesquisas realizadas.

Uma das principais características do DCC nestes 40 anos é a atuação nos três pilares de sustentação da Universidade: ensino, pesquisa e extensão. Neste aspecto, as atividades de extensão estão focalizadas na realização de projetos em parceria com empresas, fonte de pesquisas e de recursos para o Departamento e os corpos docente e discente. O atributo principal que permeia estas atividades desenvolvidas pelos profissionais e pesquisadores do DCC é o aspecto desafiador que está implicado nos produtos a serem desenvolvidos.

Os cursos de extensão e de especializações são, também, uma forma de a Universidade estar mais próxima da sociedade, refletindo-se em uma das principais frentes de atuação do Departamento. Durante esta gestão, houve um crescimento na procura por vagas no curso de especialização em Redes de Telecomunicações, um reflexo da imagem que o DCC tem para a comunidade e do quadro econômico nacional no período.

Durante a gestão de José Marcos Nogueira, a Universidade passou a integrar a Rede Metropolitana de Alta Velocidade (ReMAV/BH2), projeto em forma de consórcio que integrava diversas entidades de Belo Horizonte, entre instituições de pesquisa e empresas públicas e privadas, o que proporcionou experiências enriquecedoras para alunos e professores envolvidos.